Em meio ao Setembro Amarelo, campanha dedicada à valorização da vida e à prevenção do suicídio, é essencial ampliar o olhar da saúde para além do aspecto emocional e incluir o papel da nutrição no equilíbrio neuroquímico e cognitivo, principalmente no público jovem.
A Geração Z, pessoas nascidas entre 1995 e 2010 e a Geração Alpha, nascidos a partir de 2010, crescem sob o impacto de um mundo acelerado, digitalizado e altamente exigente, o que tem refletido em um aumento de queixas relacionadas à ansiedade, depressão, déficit de atenção, fadiga mental e baixa clareza cognitiva, mesmo entre os mais jovens.
Pesquisas recentes mostram que os transtornos de saúde mental vêm se tornando mais prevalentes nas faixas etárias mais jovens. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 7 adolescentes vive com algum transtorno mental, corroborando com a pesquisa do Instituto IPSOS, mostrando que 65% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos relataram sintomas de ansiedade, e 19% declararam sofrer de depressão. Além disso, o uso excessivo de telas e redes sociais foi associado à piora da regulação emocional e à redução da qualidade do sono — fatores que impactam diretamente o desempenho acadêmico e o bem-estar geral.
A vida moderna é marcada por estímulos constantes, hiperconectividade digital e baixa qualidade de sono, fatores que impactam diretamente os sistemas neuroendócrino e imunológico. Fisiologicamente, a exposição crônica ao estresse — proveniente de pressões acadêmicas, redes sociais e ritmo acelerado de vida nas gerações mais jovens — ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), levando à liberação contínua de cortisol.
Esse desequilíbrio afeta regiões cerebrais como o hipocampo e córtex pré-frontal, prejudicando a regulação emocional, a memória e o foco. Ainda, pode-se destacar que o estresse crônico está associado à neuroinflamação e à disfunção da barreira hematoencefálica, que pode comprometer a sinalização de neurotransmissores como serotonina, dopamina e GABA — essenciais para o humor e a estabilidade mental.
Estudos na literatura também reforçam que o intestino, por meio do eixo intestino-cérebro, exerce influência direta na saúde mental: desequilíbrios na microbiota, comuns em jovens com dietas pobres em nutrientes, consumo excessivo de álcool e sono irregular, afetam a produção de neurotransmissores e aumentam a inflamação sistêmica de baixo grau. Assim, o estilo de vida moderno interfere na homeostase neurofisiológica, tornando o jovem mais vulnerável a quadros de ansiedade, depressão, fadiga mental e distúrbios cognitivos precoces.
Diante do cenário de estresse crônico, ativação persistente do eixo HPA e desequilíbrios na microbiota intestinal observados entre os jovens, cresce o interesse por estratégias nutricionais que atuem de forma integrativa na prevenção desses desequilíbrios. É nesse contexto que os peptídeos de colágeno — especialmente ricos em glicina — ganham destaque como aliados na promoção do bem-estar neurológico e emocional.
Embora amplamente conhecidos por seus benefícios à pele, cartilagens e tecidos conjuntivos, os peptídeos de colágeno hidrolisado têm despertado crescente interesse científico por seu potencial funcional no sistema nervoso central, especialmente devido à alta concentração de glicina – um dos principais aminoácidos estruturais dessa proteína. A glicina atua como neurotransmissor inibitório no cérebro e na medula espinhal, promovendo equilíbrio entre excitação e inibição neuronal, o que está diretamente relacionado à regulação da ansiedade, do sono profundo (fase NREM) e da resposta ao estresse.
Estudos mostram que a glicina tem a capacidade de modular a atividade do eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), atenuando a secreção exacerbada de cortisol — hormônio do estresse cronicamente elevado entre jovens expostos à hiperconectividade, estímulos digitais constantes e privação de sono. Essa modulação reduz o risco de neuroinflamação e excitotoxicidade, mecanismos envolvidos em quadros de fadiga mental, ansiedade, déficit de atenção e declínio cognitivo precoce.
Além disso, por possuir boa biodisponibilidade na forma de colágeno hidrolisado, a glicina presente nos peptídeos é rapidamente absorvida e distribuída pelo organismo, podendo exercer efeitos sistêmicos que incluem não apenas o cérebro, mas também o eixo intestino-cérebro, ao participar da regulação de processos inflamatórios e da permeabilidade intestinal, ambos com implicações diretas na estabilidade do humor e da cognição.
Um estudo publicado em 2023, na forma de revisão narrativa, na revista International Journal of Molecular Sciences, explorou o papel da glicina como componente bioativo na dieta, com ênfase em suas múltiplas funções fisiológicas, incluindo os efeitos sobre o sistema nervoso central. A revisão reuniu evidências de estudos clínicos e experimentais, destacando como a glicina atua como neurotransmissor inibitório, modulador do receptor NMDA, e precursor de glutationa, contribuindo para neuroproteção, equilíbrio emocional, qualidade do sono e redução de neuroinflamação. Os autores ressaltam o potencial da glicina na regulação do humor, da cognição e da resposta ao estresse, especialmente em contextos de sobrecarga neurológica e inflamação cerebral, abrindo caminhos para seu uso como estratégia complementar no suporte à saúde mental.
Para o nutricionista que atua com o público jovem, sobretudo, a inclusão de peptídeos de colágeno, como os da Genu-in® no plano alimentar representa uma abordagem nutricionalmente funcional e cientificamente promissora, sempre avaliada individualmente e de acordo com a faixa etária e condições clínicas.
Tanto Genu-in® Life como Genu-in® Life Skin se diferenciam na prescrição nutricional por sua padronização molecular lote a lote e por oferecerem um perfil altamente biodisponível de aminoácidos, especialmente glicina, prolina e hidroxiprolina. É o primeiro colágeno disponível no mercado com perfil de peptídeos de colágeno padronizado por análise proteômica — ou seja, com as mesmas sequências peptídicas, nas mesmas proporções, replicadas lote a lote.
Esse nível de padronização garante que a composição molecular efetiva, gerando uma resposta biológica rigorosamente idêntica em cada lote, garantindo previsibilidade de absorção e de eficácia – confiança clínica — algo inédito entre os colágenos disponíveis no mercado nacional.
Na prática clínica pode ser considerado como parte de uma estratégia nutricional de suporte, sempre com acompanhamento profissional, aplicada também no público mais jovem com avaliação de acordo com cada fase, e como cuidado preventivo em longo prazo, sobretudo para suporte mental e emocional.
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Fontes:
Brasil se destaca em índices de ansiedade e depressão. Disponível em: https://www.ipsos.com/pt-br/calendario-da-saude-2024
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Bannai M, Kawai N. New therapeutic strategy for amino acid medicine: glycine improves the quality of sleep. J Pharmacol Sci. 2012;118(2):145-8. doi: 10.1254/jphs.11r04fm. Epub 2012 Jan 27. PMID: 22293292.
Aguayo-Cerón KA, Sánchez-Muñoz F, Gutierrez-Rojas RA, Acevedo-Villavicencio LN, Flores-Zarate AV, Huang F, Giacoman-Martinez A, Villafaña S, Romero-Nava R. Glycine: The Smallest Anti-Inflammatory Micronutrient. Int J Mol Sci. 2023 Jul 8;24(14):11236. doi: 10.3390/ijms241411236. PMID: 37510995; PMCID: PMC10379184.