
Dormir bem é uma necessidade biológica essencial, com impacto direto na saúde física, mental e na qualidade de vida. No entanto, distúrbios do sono, como a insônia, vêm se tornando cada vez mais prevalentes, afetando, segundo a Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de pessoas no Brasil — uma condição que afeta a qualidade e a duração do sono, com repercussões diretas na imunidade, cognição, metabolismo e bem-estar geral.
A restrição crônica do sono ou a fragmentação de seus ciclos fisiológicos afeta negativamente diversos sistemas do organismo. A literatura aponta que a má qualidade do sono está associada ao aumento da inflamação sistêmica, à resistência à insulina, à disfunção endotelial e ao comprometimento da imunidade inata e adaptativa. Além disso, distúrbios do sono afetam o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, elevando a liberação de cortisol e contribuindo para um estado de estresse crônico.
No sistema nervoso central, a privação do sono prejudica a consolidação da memória, a regulação emocional e a capacidade cognitiva. Metabolicamente, está associada ao aumento do apetite, desequilíbrio de grelina e leptina e maior risco de ganho de peso, obesidade e síndrome metabólica. A longo prazo, a insônia e outros distúrbios do sono elevam o risco de doenças cardiovasculares, depressão, diabetes tipo 2 e comprometimento da qualidade de vida.
Diante desse cenário, cresce o interesse por estratégias não farmacológicas e integrativas que promovam o sono de forma segura e eficaz. Além da higiene do sono e do cuidado com o estilo de vida, destaca-se a suplementação com peptídeos bioativos de colágeno, que vem sendo estudada por seu potencial de auxiliar na modulação de processos fisiológicos relacionados ao relaxamento, à reparação tecidual e à qualidade do sono.
Nos últimos anos, a suplementação de peptídeos bioativos de colágeno ganharam destaque não apenas por seus potenciais benefícios conhecidos à saúde da pele, articulações e músculos, mas também por suas possíveis implicações na qualidade do sono. Isso porque o colágeno é composto por aminoácidos como glicina, prolina e hidroxiprolina — com destaque especial para a glicina, que vem sendo investigada por seu efeito modulador no sistema nervoso central.
Pesquisas científicas apontam que a ingestão de glicina antes de dormir pode favorecer o relaxamento, reduzir a latência do sono e melhorar sua profundidade, sem causar sonolência diurna ou dependência, como ocorre com fármacos sedativos. Essa perspectiva amplia o olhar sobre os benefícios da suplementação, posicionando o colágeno como um aliado potencial na rotina de quem busca um sono mais reparador.
O estudo conduzido por Thomas et al. (2024) teve como objetivo principal investigar se a suplementação com peptídeos de colágeno ricos em glicina (15 g/dia), administrada 1 hora antes de dormir durante 7 dias, poderia melhorar a qualidade do sono e a cognição em homens fisicamente ativos com queixas de sono. O desenho foi randomizado, cruzado, duplo-cego, envolvendo 13 voluntários com pontuação média de 9 na Athens Insomnia Scale, o que indica distúrbios moderados de sono.
A qualidade do sono foi avaliada por diferentes métodos, incluindo polissonografia domiciliar, actigrafia, diários subjetivos de sono e testes cognitivos. Além disso, foram analisados marcadores fisiológicos como temperatura corporal central, inflamação (IL-6, hs-CRP), hormônios (cortisol) e marcadores do sistema nervoso autônomo (normetanefrina).
Os principais resultados demonstraram que a suplementação com colágeno reduziu significativamente o número de despertares noturnos em comparação ao placebo. Embora não tenha havido diferença significativa em parâmetros como tempo total de sono, latência para adormecer ou eficiência do sono, a fragmentação do sono foi visivelmente menor com o uso dos peptídeos de colágeno.
Outro achado importante foi a melhora na performance cognitiva, com maior precisão nas respostas ao Stroop Test na manhã seguinte ao uso do colágeno (p = 0,009), o que pode estar relacionado à redução das interrupções do sono e maior descanso mental.
Os mecanismos propostos para os efeitos positivos envolvem a alta concentração de glicina nos peptídeos de colágeno, que pode atuar nos receptores NMDA no núcleo supraquiasmático, influenciando os ritmos circadianos e promovendo relaxamento.
Os peptídeos de colágeno da Genu-in® representam uma nova era em eficácia, padronização e segurança clínica. Genu-in® Life e o Genu-in® Life Skin foram desenvolvidos a partir de tecnologia de análise proteômica avançada, garantindo um perfil padronizado de peptídeos bioativos — com sequências e proporções moleculares reproduzíveis em todos os lotes. Esse diferencial favorece ao profissional de saúde uma ferramenta precisa, com resultados consistentes.
No contexto do sono, a presença de aminoácidos como a glicina, em doses estudadas em pesquisas clínicas,, pode auxiliar na redução da fragmentação noturna e favorecer um descanso reparador. Assim, além dos benefícios já consolidados para a pele — como melhora da hidratação, elasticidade e suporte estrutural —, a suplementação com Genu-in® amplia suas aplicações para o cuidado global, integrando saúde, estética e bem-estar também pela via do sono de qualidade.
Além da suplementação e de estratégias nutricionais, a prática da higiene do sono é fundamental para consolidar um descanso adequado. Esse conceito envolve um conjunto de hábitos e ajustes comportamentais que favorecem a regulação do ciclo circadiano e reduzem estímulos que dificultam o adormecer.
Entre as recomendações mais consistentes estão: manter horários regulares para dormir e acordar, mesmo nos fins de semana; evitar o uso excessivo de telas e exposição à luz azul nas horas que antecedem o sono; criar um ambiente adequado — silencioso, escuro, ventilado e com temperatura agradável; limitar o consumo de cafeína, álcool e refeições pesadas no período noturno; e incluir práticas relaxantes, como leitura leve, técnicas de respiração ou meditação. Esses cuidados simples, quando adotados de forma consistente, reduzem a latência para iniciar o sono, diminuem despertares noturnos e melhoram a eficiência do descanso, servindo como base para que qualquer intervenção nutricional ou suplementar tenha maior impacto.
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Fontes
-THOMAS, C.; KINGSHOTT, R. N.; ALLOTT, K. M.; TANG, J. C. Y.; DUNN, R.; FRASER, W. D.; THORLEY, J.; VIRGILIO, N.; PRAWITT, J.; HOGERVORST, E.; ŠKARABOT, J.; CLIFORD, T. Collagen peptide supplementation before bedtime reduces sleep fragmentation and improves cognitive function in physically active males with sleep complaints. European Journal of Nutrition, v. 63, p. 323–335, 2024.
-BANNIAH, P. R.; WU, G. Glycine and sleep. Frontiers in Neuroscience, v. 16, p. 947563, 2022.
-Ramos-Jiménez A, Hernández-Torres RP, Hernández-Ontiveros DA, Ortiz-Ortiz M, López-Fregoso RJ, Martínez-Sanz JM, Rodríguez-Uribe G, Hernández-Lepe MA. An Update of the Promise of Glycine Supplementation for Enhancing Physical Performance and Recovery. Sports (Basel). 2024 Sep 25;12(10):265. doi: 10.3390/sports12100265. PMID: 39453231; PMCID: PMC11510825.


