Já é amplamente reconhecido que o colágeno não atua apenas na pele. Embora tenha ganhado visibilidade por seus efeitos estéticos — como melhora da firmeza cutânea, redução de rugas e fortalecimento de unhas e cabelos —, hoje se compreende, com base em evidências científicas, que seu papel vai muito além desse benefício.
O colágeno é a proteína estrutural mais abundante do corpo humano, essencial para a integridade de tecidos como articulações, ossos, músculos, intestino e parede vascular. Diante disso, a suplementação de colágeno vem sendo explorada com crescente interesse na prática clínica nutricional, especialmente na saúde da mulher em fases de remodelação fisiológica, como a perimenopausa e a menopausa, onde sua atuação integrativa se torna estratégica para qualidade de vida e longevidade.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 1 bilhão de mulheres estarão na pós-menopausa até 2030, e cerca de 70% delas apresentarão sintomas musculoesqueléticos, como dores articulares, sarcopenia, fraqueza muscular, perda de mobilidade e distúrbios de sono (Wright et al., 2024). Essas alterações estão associadas à queda de estrogênio, hormônio que influencia a síntese e manutenção do colágeno nos tecidos conjuntivos. A perda progressiva de colágeno, que já se inicia por volta dos 20 a 25 anos, é acelerada após a menopausa, podendo chegar a uma redução de até 30% nos primeiros cinco anos dessa fase. Isso impacta não apenas a estética, mas a saúde óssea, muscular, digestiva e cardiovascular.
Neste cenário, o uso de peptídeos de colágeno aparece como uma abordagem nutricional complementar com potencial clínico relevante, uma vez que fornece os aminoácidos específicos (glicina, prolina e hidroxiprolina) necessários para o estímulo da síntese endógena de colágeno pelos fibroblastos, osteoblastos e condroblastos. Além disso, há um crescente interesse na associação entre colágeno e outros nutrientes como vitamina C, ácido hialurônico, magnésio, silício e vitaminas do complexo B para potencializar os efeitos estruturais e funcionais da proteína, favorecendo a modulação inflamatória, o equilíbrio hormonal e o metabolismo energético.
Esse olhar ampliado sobre o colágeno como uma proteína funcional e não apenas estética permite ao nutricionista ampliar sua prescrição, personalizando o cuidado da mulher de forma mais integrativa e baseada em ciência — sobretudo em um momento da vida em que longevidade e qualidade funcional são demandas crescentes no consultório.
Um estudo feito por Xerfan et al. (2025) investigou os efeitos clínicos da suplementação com peptídeos de colágeno sobre a saúde da pele e analisou o papel da qualidade do sono na potencialização desses resultados. A revisão abrangeu 66 estudos clínicos, majoritariamente com mulheres entre 30 e 40 anos, utilizando doses diárias de colágeno entre 1 e 10 g por períodos de 4 a 8 semanas.
Os achados mostraram melhora consistente na elasticidade, hidratação e redução de rugas, além de aumento da densidade dérmica e das proteínas estruturais da pele. A combinação do colágeno com micronutrientes antioxidantes resultou em benefícios adicionais, como melhora do viço e redução do tamanho dos poros. Paralelamente, estudos sobre sono indicaram que noites mal dormidas afetam negativamente a hidratação cutânea e a integridade da barreira da pele, sugerindo que o sono de qualidade pode ser um adjuvante importante para potencializar os efeitos do colágeno. Os autores concluíram que a suplementação com colágeno hidrolisado, especialmente na dose de 2,5 g/dia, é eficaz para a saúde da pele, e que a qualidade do sono pode influenciar positivamente seus resultados.
Outro estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo (Jendricke et al., 2019) avaliou os efeitos da suplementação com peptídeos específicos de colágeno combinada com treinamento de resistência em mulheres pré-menopáusicas. Um total de 77 mulheres entre 18 e 50 anos participou de um programa de 12 semanas de exercícios resistidos (3 vezes por semana), sendo divididas em dois grupos: um recebendo 15 g diários de colágeno e outro recebendo placebo. Os resultados mostraram que o grupo suplementado com colágeno apresentou aumento significativamente maior na massa livre de gordura (FFM), redução mais acentuada da gordura corporal e maior ganho de força de preensão manual em comparação ao grupo controle.
Embora ambos os grupos tenham melhorado a força de membros inferiores, os ganhos foram mais expressivos no grupo colágeno. Os autores sugerem que os efeitos positivos observados podem estar associados à presença de aminoácidos como glicina e arginina, que ativam a via anabólica mTOR, além do potencial dos peptídeos bioativos em estimular a síntese proteica e o remodelamento muscular.
Durante a menopausa, a queda nos níveis de estrogênio acelera a degradação do colágeno no corpo, afetando ossos, articulações e músculos. A suplementação com peptídeos de colágeno tem sido estudada como estratégia complementar para suporte estrutural e metabólico na mulher madura.
Um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo (König et al., 2018) investigou os efeitos da suplementação diária com 5g de peptídeos de colágeno por 12 meses em mulheres pós-menopáusicas com redução primária e relacionada à idade na densidade mineral óssea (DMO). Participaram 131 mulheres, sendo avaliadas alterações na DMO da coluna lombar e do colo do fêmur, além de marcadores plasmáticos de formação (P1NP) e reabsorção óssea (CTX 1). Os resultados mostraram que, comparado ao grupo placebo, o grupo que recebeu o colágeno apresentou aumento significativo na DMO tanto na coluna (+0,1 T-score) quanto no fêmur (+0,09 T-score), além de aumento do marcador de formação óssea (P1NP) e estabilização do marcador de reabsorção (CTX 1), enquanto o grupo controle teve piora nesses parâmetros. O estudo concluiu que a suplementação com peptídeos de colágeno promove um efeito positivo no metabolismo ósseo e pode ser uma alternativa segura e eficaz para a saúde óssea de mulheres pós-menopáusicas.
Para a mulher em diferentes fases da vida — desde o período reprodutivo até a perimenopausa e pós-menopausa —, o suporte nutricional com peptídeos de colágeno representa uma estratégia funcional importante para a manutenção da saúde óssea, muscular, articular, intestinal e também do equilíbrio emocional.
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Fontes
-König D, Oesser S, Scharla S, Zdzieblik D, Gollhofer A. Specific Collagen Peptides Improve Bone Mineral Density and Bone Markers in Postmenopausal Women-A Randomized Controlled Study. Nutrients. 2018 Jan 16;10(1):97. doi: 10.3390/nu10010097. PMID: 29337906; PMCID: PMC5793325.
-Xerfan EMS, Souza MR, Facina AS, Tufik S, Andersen ML. Can good sleep quality enhance the benefits of oral collagen supplementation in the prevention of skin aging? A brief report. Arch Dermatol Res. 2025 Feb 6;317(1):340. doi: 10.1007/s00403-025-03860-5. PMID: 39912934.
-Wang H. A Review of the Effects of Collagen Treatment in Clinical Studies. Polymers (Basel). 2021 Nov 9;13(22):3868. doi: 10.3390/polym13223868. PMID: 34833168; PMCID: PMC8620403.
-Jendricke P, Centner C, Zdzieblik D, Gollhofer A, König D. Specific Collagen Peptides in Combination with Resistance Training Improve Body Composition and Regional Muscle Strength in Premenopausal Women: A Randomized Controlled Trial. Nutrients. 2019 Apr 20;11(4):892. doi: 10.3390/nu11040892. PMID: 31010031; PMCID: PMC6521629.
-Wright VJ, Schwartzman JD, Itinoche R, Wittstein J. The musculoskeletal syndrome of menopause. Climacteric. 2024 Oct;27(5):466-472. doi: 10.1080/13697137.2024.2380363. Epub 2024 Jul 30. PMID: 39077777.